Quando conto para as pessoas que estou morando no campo e interessada em tornar essa situação mais permanente, elas dificilmente entendem o que eu estou querendo com isso. Algumas gostam de me dizer que também pensam na velhice em fazer o mesmo, como quem compartilha alguns gostos mas que infelizmente só são possíveis mesmo de gostar amanhã. Mas a maioria suspeita que eu esteja pensando num futuro logo ali de fazer algum tipo de cultivo comercial, ou quem sabe aproveitar o que eu sei sobre fazer comida pra pensar na venda de algum produto beneficiado artesanal. Mas essa nunca foi a minha intenção, e eu sequer penso sobre isso.
Que delícia tomar meu café da manhã de domingo acompanhada por esse texto seu. Que reflexão importante - e que eu, particularmente, ainda não tinha visto ninguém fazer, a não ser você. Sempre, sempre aprendo com o seu jeito de nos mostrar um outro ponto de vista de quase tudo que está sendo visto e mostrado. É gostoso demais, dá uma coceirinha no cérebro, a sensação de que uma janela foi aberta e eu tô vendo uma nova paisagem.
Acompanhar você (não só nas redes, no nosso caso, mas na vida) é me pegar questionando tudo o que eu sei e sempre pensei. Brigada por tanto ❤️
Eu sempre penso em viver no campo, mas esbarro na questão da sobrevivência. Financeira. Então sigo olhando para a s ideias e possibilidades de quem tem essa possibilidade. Adorei o texto.
Vivi até meus 17 anos numa cidade pequena, no campo, agora, quase 15 anos depois que moro em uma cidade maior, urbana, a maioria das pessoas se surpreende quando conto de onde vim, muito pelo estereótipo do perfil de quem são as pessoas que moram no campo e o que fazem. Sempre me incomodou e eu não entendia muito o porque. Lendo seu texto agora, refleti que pode ser que essas pessoas não tenham noção da diversidade que pode existir em uma cidade pequena, bem como senso de comunidade, coletivo que é um dos pontos que sinto mais falta. Não me imagino hoje voltando para lá, mas consigo admirar quem escolhe o campo como sua casa - mesmo que por um tempo. Obrigada pela reflexão :)
Amei que trouxe para esta plataforma este tema que gostamos muito de dialogar sobre. A verdade é que nossas bolhas são bem menores do que a gente consegue perceber e os estereótipos criados em torno de pessoas do campo são bem equivocados.
Ótimas reflexões, Carla! Pra ser sincera, cheguei aqui como quem não quer nada, primeiro texto seu que leio e já de cara super me identifico! hahaha
Estou desde 2018 nesse processo de êxodo do urbano para o rural e essa mentalidade dinheirista que envolve o trabalho no contexto das grandes (e mesmo das pequenas) cidades é uma das questões em que sigo enrolando minhas próprias pernas. Não é nada fácil, por uma série de razões, mudar, ainda que seja um simples cantinho dessa estrutura mental que a sociedade, o sistema, a família, enfim, todo um contexto macro e micro vai construindo na gente; confesso que venho descobrindo que tudo isso está muuuito mais entranhado em mim do que eu imaginava, lá em 2017, quando viajei pro sul de Minas e comecei a contemplar a possibilidade de morar no campo.
É um exercício de criatividade, autenticidade e coragem constantes.
Que texto INCRÍVEL! Amo que você consegue colocar em palavras (belíssimas) muitos sentimentos que ainda não sei nomear, Carla. Curiosamente, o seu texto me lembrou um livro sobre... cidades. Morte e Vida de Grandes Cidades, da Jane Jacobs. Ela critica, em determinado trecho, essa fuga vaga para as montanhas, que nega as relações construídas na cidade (acho que foi o fugere urbem que me lembrou disso). Me pareceu a dinâmica que você colocou: vive-se no campo, mas com a cabeça sempre na cidade, no lucro, na pressa. Eu mesma comprei um sítio na ~mocidade, e percebo que tenho assunto só com os pais de amigos, já aposentados rs. E a pergunta que mais escuto é: mas o que vocês vão fazer com essa terra? Os planos são vários, mas nenhum que dê dinheiro haha enquanto isso, me divirto catalogando passarinhos e borboletas :)
Gostei, tenho me interessado sempre pelas atividades q a gente desenvolve só pelo prazer delas mesmo. Mas fiquei curiosa, se não tira o sustento da vida no campo tira de onde então?
Segundo, seu texto me lembrou uma entrevista deliciosa que o Leonardo Fróes deu, na pandemia, pra 451, (ostei no Notes isso e o link do Spotify também foi pro topo, não sei pq).
Por fim, amei amei. Incrível a proposição de viver sem necessaria "explorar" e a monocultura do pensamento. E do quanto a gente só associa trabalho ao que "brilha". Nossa, explodiu alguma coisa na minha cabeça, colocando luz sobre um incômodo que eu sinto e tinha dificuldade de dar contorno. Vou fazer um Notes sobre isso pra não esquecer, e me debruçar pra escrever também. Obrigada por sempre me inspirar♡ (a viver com mais poesia, esperança e aterramento).
Que delícia tomar meu café da manhã de domingo acompanhada por esse texto seu. Que reflexão importante - e que eu, particularmente, ainda não tinha visto ninguém fazer, a não ser você. Sempre, sempre aprendo com o seu jeito de nos mostrar um outro ponto de vista de quase tudo que está sendo visto e mostrado. É gostoso demais, dá uma coceirinha no cérebro, a sensação de que uma janela foi aberta e eu tô vendo uma nova paisagem.
Acompanhar você (não só nas redes, no nosso caso, mas na vida) é me pegar questionando tudo o que eu sei e sempre pensei. Brigada por tanto ❤️
Todo meu apoio à publicação quinzenal!
Eu sempre penso em viver no campo, mas esbarro na questão da sobrevivência. Financeira. Então sigo olhando para a s ideias e possibilidades de quem tem essa possibilidade. Adorei o texto.
Esse texto pegou em lugares intensos por aqui. Obrigada! 🌹💘🌱
Vivi até meus 17 anos numa cidade pequena, no campo, agora, quase 15 anos depois que moro em uma cidade maior, urbana, a maioria das pessoas se surpreende quando conto de onde vim, muito pelo estereótipo do perfil de quem são as pessoas que moram no campo e o que fazem. Sempre me incomodou e eu não entendia muito o porque. Lendo seu texto agora, refleti que pode ser que essas pessoas não tenham noção da diversidade que pode existir em uma cidade pequena, bem como senso de comunidade, coletivo que é um dos pontos que sinto mais falta. Não me imagino hoje voltando para lá, mas consigo admirar quem escolhe o campo como sua casa - mesmo que por um tempo. Obrigada pela reflexão :)
Esqueci de falar sobre as publicações serem quinzenais: Onde é que assina o sim? hahaha
Amei que trouxe para esta plataforma este tema que gostamos muito de dialogar sobre. A verdade é que nossas bolhas são bem menores do que a gente consegue perceber e os estereótipos criados em torno de pessoas do campo são bem equivocados.
Ótimas reflexões, Carla! Pra ser sincera, cheguei aqui como quem não quer nada, primeiro texto seu que leio e já de cara super me identifico! hahaha
Estou desde 2018 nesse processo de êxodo do urbano para o rural e essa mentalidade dinheirista que envolve o trabalho no contexto das grandes (e mesmo das pequenas) cidades é uma das questões em que sigo enrolando minhas próprias pernas. Não é nada fácil, por uma série de razões, mudar, ainda que seja um simples cantinho dessa estrutura mental que a sociedade, o sistema, a família, enfim, todo um contexto macro e micro vai construindo na gente; confesso que venho descobrindo que tudo isso está muuuito mais entranhado em mim do que eu imaginava, lá em 2017, quando viajei pro sul de Minas e comecei a contemplar a possibilidade de morar no campo.
É um exercício de criatividade, autenticidade e coragem constantes.
Que texto INCRÍVEL! Amo que você consegue colocar em palavras (belíssimas) muitos sentimentos que ainda não sei nomear, Carla. Curiosamente, o seu texto me lembrou um livro sobre... cidades. Morte e Vida de Grandes Cidades, da Jane Jacobs. Ela critica, em determinado trecho, essa fuga vaga para as montanhas, que nega as relações construídas na cidade (acho que foi o fugere urbem que me lembrou disso). Me pareceu a dinâmica que você colocou: vive-se no campo, mas com a cabeça sempre na cidade, no lucro, na pressa. Eu mesma comprei um sítio na ~mocidade, e percebo que tenho assunto só com os pais de amigos, já aposentados rs. E a pergunta que mais escuto é: mas o que vocês vão fazer com essa terra? Os planos são vários, mas nenhum que dê dinheiro haha enquanto isso, me divirto catalogando passarinhos e borboletas :)
Gostei, tenho me interessado sempre pelas atividades q a gente desenvolve só pelo prazer delas mesmo. Mas fiquei curiosa, se não tira o sustento da vida no campo tira de onde então?
https://open.spotify.com/episode/1Oj3ulmYfYtRrkTxxGNmu0?si=ZbYzOLCqSXWFSA5vtST1xg Carla, tantas coisas pra dizer! Primeiro, obrigada demais pela recomendação, e comentario sobre minha última newsletter. Esse tema repercutiu e pretendo expandir mais o tema do trabalho invisível.
Segundo, seu texto me lembrou uma entrevista deliciosa que o Leonardo Fróes deu, na pandemia, pra 451, (ostei no Notes isso e o link do Spotify também foi pro topo, não sei pq).
Por fim, amei amei. Incrível a proposição de viver sem necessaria "explorar" e a monocultura do pensamento. E do quanto a gente só associa trabalho ao que "brilha". Nossa, explodiu alguma coisa na minha cabeça, colocando luz sobre um incômodo que eu sinto e tinha dificuldade de dar contorno. Vou fazer um Notes sobre isso pra não esquecer, e me debruçar pra escrever também. Obrigada por sempre me inspirar♡ (a viver com mais poesia, esperança e aterramento).